Dona de casa desempregada.
(Atenção: segue-se momento eventualmente desconcertante para mentes modernas.)
Vamos a um tema que me é particularmente querido: a vida doméstica. O conceito de "dona de casa" perdeu-se algures nas últimas décadas, mas há quem ainda zele por essa etiqueta. E eu faço-o. Faço mesmo. Levo o assunto a peito e trato-o com empenho e orgulho.
Assim sendo, por esta altura a minha vida até podia ser mais... "domesticamente feliz". Quando se trabalha é preciso dividir o tempo entre várias tarefas, e para quem não pretende abrir mão de lides e preceitos o caso fica bicudo; mas, quando não se tem emprego, há mais tempo livre. E isso até pode facilitar tudo. Pode. Claro que pode!
Mas deste lado é diferente.
Mas deste lado é diferente.
Ontem escrevi aqui que "se há coisa subtilmente perigosa é uma cabeça desocupada". Sabendo disso – melhor: pressentindo isso –, quando tenho pouco para fazer tendo a arranjar ocupação. Depressa. Logo. E é assim que, apesar de não viver sozinha, chamo a mim todas as tarefas e mais alguma quando fico sem emprego. Foi assim da primeira vez, e, como eu já calculava, está a ser assim na segunda. É uma forma prática de ocupar a cabeça, de me sentir útil e de poupar a outra alminha lá de casa (que trabalha – haja alguém) a uma série de cansaços. E é também uma forma prática de chegar à hora dos "Patinhos" tão moída como se tivesse ("como se tivesse"?...) andado o dia todo a correr de um lado para o outro.
Mas ainda há mais. Como sou uma valente (eu sei que na verdade sou é levemente insane, mas agora não me apetece pôr as coisas nesse prisma), não fico por aqui. Insisto na ingenuidade de achar que o que não me falta é tempo livre e desato a resolver mil e um assuntos pendentes.
Por enquanto sou "só" uma dona de casa desempregada. Desesperada, ainda não estou. Mas, a avaliar pela convicção com que me entrego a um sem-fim de tarefas e compromissos, lá chegaremos. E depressa.
Ainda antes dos "Patinhos".
Mas ainda há mais. Como sou uma valente (eu sei que na verdade sou é levemente insane, mas agora não me apetece pôr as coisas nesse prisma), não fico por aqui. Insisto na ingenuidade de achar que o que não me falta é tempo livre e desato a resolver mil e um assuntos pendentes.
Por enquanto sou "só" uma dona de casa desempregada. Desesperada, ainda não estou. Mas, a avaliar pela convicção com que me entrego a um sem-fim de tarefas e compromissos, lá chegaremos. E depressa.
Ainda antes dos "Patinhos".
Uma das coisas que faço quando tenho a cabeça desocupada é andar de bicicleta por Lisboa www.90diasdebicicletapelofunchal.blogspot.com enfim...
ResponderEliminarEu não sei é andar de bicicleta, Nuno. :D Mas andar a pé faz-me muito bem, por isso percebo a ideia!
EliminarAqui por casa, no meu caso, é dedicar-me a cozinhar. Sempre me ocupa o tempo e dá alguma alegria a quem chega a casa ao final da tarde, depois do seu dia de trabalho.
ResponderEliminarAndreia
Compreendo, Andreia! Muito bem, até... :)
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