Crónica dos últimos dias.
Tenho vivido à espera de que o telefone toque. Ponto. O texto de hoje podia ficar por aqui.
Tal como dizia há uns dias, há vagas a que nos candidatamos que parecem ser feitas para nós. E nessas alturas, juntando mais um ou outro detalhe, o entusiasmo é muito e a ansiedade vai moendo (devagarinho, devagarinho). Há oportunidades que parecem estar tão, tão perto que por pouco não são já nossas. É isso. É um faltar pouco, muito pouco. Era só alguém parar para ver. Era só uma chance. Era só o telefone tocar. Só, só, só. A partir daí, diz o sonho que o mundo seria nosso.
E os últimos dias têm sido assim. Têm sido isto. A velha história do engodo que é alguém telefonar e do outro lado estar tudo menos aquilo que queremos. Aquela fracção de segundo entre a esperança repentina, de olhos arregalados e coração acelerado, e o momento em que a desilusão faz a vida voltar ao sítio de onde tarda em sair.
Vai sendo fácil esquecer. Esperar. Ter calma. Mas há momentos e momentos, e quando tudo nos ocorre a espiral recomeça.
(E ainda só passaram uns dias desde que me candidatei.)
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