segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Dia trinta e cinco.

E, ao trigésimo quinto dia, o impensável acontece:


o IEFP envia-me uma proposta de emprego.

E uma proposta boa. Digna, equilibrada, razoável.

E em Lisboa.

E na minha área.

Não se trata de um trabalho garantido, como é evidente. É apenas uma possibilidade. Mas, sendo uma vaga em comunicação por si só uma espécie de coisa do outro mundo, toda esta sintonia de detalhes torna o caso ainda mais assombroso.

Contando melhor a história, surgiu uma oferta em Lisboa para a actividade profissional designada "Outros Escritores, Jornalistas e Similares" (no IEFP faço parte desta turma, sendo por isso claramente uma "similar"). Olhando para a minha experiência, e para a de muita gente à minha volta, nunca vi tal fenómeno em quase seis anos de emprego-desemprego-emprego-desemprego.

Bom: certo é que a vaga existe, e, achando-me adequada para a preeencher, o centro de emprego contactou-me. O que chegou ao meu e-mail a meio da tarde de hoje foi um PDF levemente confuso a apresentar-me as características da oferta e a dar-me instruções algo turvas (mas perceptíveis  espero eu...) quanto à forma de proceder em seguida. E eu, claro, apressei-me a fazer o que ali me pediam (já se sabe que nestas circunstâncias temos de ser mesmo muito bem-comportados, caso contrário esperam-nos rápidas e cruéis represálias): enviei o meu currículo para quem de direito.

Agora... Bem, não sei. Por via das dúvidas, pedi que me confirmassem a recepção do e-mail. Não confirmaram. Imagino que, posto isto, das duas, uma: ou me chamam para uma entrevista, ou algo se perde a meio do processo e eu ainda tenho de ir ao centro de emprego explicar porque é que não respondi a uma oferta à qual, na verdade, fiz questão de responder.

Haja fé.

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