sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Dia trinta e dois.

Sobre os lados bons.


Já o disse aqui, eu sei, mas apetece-me repetir: na minha cabeça há sempre um lado bom em tudo. Até pode parecer insignificante quando comparado com o resto, mas, nesse caso, o truque é deixar de comparar. O que é útil é útil. Ponto. Mesmo que o seja apenas por um momento. E há que admiti-lo e vivê-lo como tal.

Quando trabalhamos, às vezes é complicado encontrarmos tempo para tudo e para todos. (Não, isto não sou eu a dizer que trabalhar empata a vida.) E há coisas que precisamos de resolver e que acabamos por adiar, quando pode ser, ou das quais desistimos, quando não pode. (Não, isto não sou eu a dizer que estar desempregada desde o dia de Ano Novo foi uma sorte muito grande que se chegou aqui aos meus lados.) E, havendo pessoas que merecem tudo de nós, é comum o trabalho impedir-nos de lhes darmos esse "tudo". (Não, isto não sou eu a dizer que um emprego é sempre sinónimo de uma vida pessoal arruinada.)

Há questões de que só conseguimos tratar se tivermos uma tarde livre. É verdade que para tratar desta eu não precisava propriamente de todas as tardes desde a de dia 1 de Janeiro... Chegava-me uma por estes dias. Mas adiante. Na data em que os títulos dos posts deixam de fazer sentido num calendário, retomemos então a ideia-chave deste texto  o copo meio cheio: não tivesse eu a tarde livre e nunca teria tido tempo para ir quase de uma ponta à outra de Lisboa em busca de um presente para quem mais me aquece o coração. Dois autocarros para lá, outros dois para cá, quase uma tarde nisto (porque agora anoitece cedo), mas a caixinha está comigo.

A chuva poupou-me. Eu poupei os portes de envio.

E aposto que esta tarde livre ainda vai valer dois sorrisos.

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