quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Dia trinta e sete.

O primeiro estúdio. Amanhã.


Sempre trabalhei em rádio. (Caros potenciais empregadores que passem por aqui: sei fazer outras coisas, sim?) E amanhã é o Dia Mundial dela. O dia que a celebra, que a defende e que a recorda. O dia que é guardado para dar atenção especial ao passado, ao presente e ao futuro do éter; para pensar nos desafios, nos riscos e nas conquistas. Claro que, para nós, os do tal "bichinho" (a conversa parece fiada mas ele existe mesmo), dias dela são todos. Não importa o tempo que passe nem o que a vida traga. Mas, amanhã, a data é um bocadinho mais especial.

Há um ano, voltei à casa onde tirei o meu curso para contar a minha história de radialista jovem, empregada e feliz. Amanhã, farei o mesmo, só que agora o enredo é outro. A radialista continua cá; a paixão pela rádio, essa, nem se fala; já não há é emprego. Mas experiências, poucas ou muitas, há-as sempre. E há episódios para contar pela primeira vez ou mais uma vez. Há um "bichinho" que se pode defender, e um fascínio difícil de explicar mas que nunca nos abandona. E há também um elemento-chave: os pés na terra. Porque é tudo muito bonito, mas, na verdade, o outro lado também existe. Não se trata de querer matar sonhos  ainda bem que ninguém matou o meu; trata-se de tentar mostrar que a moeda tem duas faces. E que é isso mesmo que lhe confere uma magia mais plena.

Vou voltar ao "meu" primeiro estúdio. Àquele onde descobri por onde o futuro teria de passar. E à casa que, por tantos motivos, me mexe sempre com cabeça e coração.

Esta radialista desempregada que vos escreve estará aqui amanhã, a partir das 10h30. A matar o "bichinho". Ou a alimentá-lo, talvez.

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