terça-feira, 11 de março de 2014

Dia sessenta e quatro.

O inesperado salva.


Às vezes a vida abranda. Os dias vão acontecendo, só, um a um. E, neles, pouco que por bons motivos nos ponha a cabeça a trabalhar mais depressa.

Por mais que se tente, que se faça, é difícil estar sem emprego e escapar a isto. Por mais que se ocupem as ideias e o tempo, há sempre momentos nos quais sentimos que a vida não anda.

Se tivermos sorte, é aí que algo acontece. Um telefonema. Uma mensagem. Um projecto, uma ideia, uma sugestão. Um convite. E, perante a surpresa, um pouco de tantas sensações: entre a alegria e o nervoso miudinho, entre o entusiasmo e a incredulidade, entre as dúvidas e a certeza de que vem algo bom a caminho. Nem que dure só uma semana, um dia, uma tarde. Às vezes é bom fugir à rotina, mesmo quando não se tem uma.

E este frenesim das experiências novas estava a fazer-me falta.

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