sexta-feira, 14 de março de 2014

Dia sessenta e sete.

O "não".


Dizer "não" é difícil.

Porque por vezes não sabemos se é a escolha certa, ainda que tudo nos diga que sim. Porque quem está do outro lado pode interpretar esse "não" de muitas formas. Porque quem nos é mais próximo pode não perceber a nossa escolha. Porque, por mais que a expliquemos a nós próprios, o "e se" pode ficar a pairar na nossa cabeça. Porque estes, diz quem sabe, não são tempos de dizer "não". Porque até parece que tudo o que vem à rede é peixe (mas não é). E porque tudo à volta nos impõe subtilmente a ideia de que o que quer que apareça já será bom, simplesmente porque apareceu.

Porque o "não" é um jogo. É sempre um jogo. Seja dito isolado ou com "sins" e outros "nãos" nas imediações da nossa vida.

Eu disse "não". Sim, foi isso mesmo: recusei uma eventual oportunidade. Porquê? Por vários motivos. Sei bem que os "nãos", nestas circunstâncias, dão azo a todo o tipo de interpretações e a críticas pouco ou nada simpáticas. Mas todas as minhas razões, uma por uma, fizeram desse "não" um "não" convicto, decidido e tão cheio de sentido que nem por um momento pensei em ocultá-lo daqui.

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